Poderá à primeira impressão parecer perigoso ver-se nomeado para dirigir os destinos do Tribunal de Contas (cuja atribuição principal é precisamente a fiscalização das contas do Governo em exercício) um compincha solicalista dos quatro costados, reiteradamente ex-ministro e até esta data deputado na Assembleia da República na bancada do Partido Socialista.
Poderia parecer perigoso não pela possibilidade de conluio na sonegação de eventual matéria de contas públicas, porque a seriedade de todos afasta liminarmente esse raciocínio, mas pela dificuldade orgânica de um amigo fiscalizar a actividade de outro amigo.
Mas esqueçam todos os princípios éticos e, no limite, o bom senso. Porque, enfim, vale-nos a [promessa de] independência.
De acordo com a notícia veiculada pelo El Pais, a economia espanhola cresce a um ritmo de 3,4% - três vezes mais que a média da zona euro. A contribuir especialmente para este valor está o crescimento observado no sector dos equipamentos indutriais e telecomunicações - com um registo de 10,4%, que se vem sustentando há já um ano.
Mesmo em tempo de crise económica e quando o preço dos combustíveis atinge níveis obscenos, Espanha ultrapassa a maioria dos países europeus e carrega a fundo no acelerador económico.
Até quando Portugal permanecerá na box a escolher a composição dos pneus?