segunda-feira, novembro 21, 2005

Portugal cresce 17% ao ano

No último Natal tivemos uma árvore de 60 metros e este ano temos uma de 70 metros.

terça-feira, novembro 15, 2005

à condição

Humildade à condição é sem dúvida um bom início para a "inovação" que se apregoa.
Humilde mas só se fosse eleito.

sexta-feira, novembro 11, 2005

tenham medo

da ameaça.

quarta-feira, novembro 02, 2005

valeu a pena ver

a entrevista de Constança Cunha e Sá a Mário Soares, hoje na TVI. Não pelo discurso, não pelo programa presidencial, não pela diferenciação intelectual e humanista tão vendida pelo papá da nossa democracia. Mas pelo riso. Fundamentalmente pelo riso.

Hoje senti de facto saudades de ver Mário Soares no activo: e tive-o ali, recuperado no tempo, à laia de um holograma perfeito dos tempos agitados do finca-pé ao cavaquismo, e tive saudades. Percebi hoje que o arrefecimento visceral do meu impecto político não foi fruto de um amadurecimento mas sim da ausência de Mário Soares no activo - o nosso único político profissional digno desse nome.

Confesso que tinha saudades de ver ao vivo o modo hilariante e descarado como Mário Soares subverte a realidade ao seu prisma único. E nem mesmo a assumida posição de advogada feliz do diabo de Constança Cunha e Sá o demoveu de insistir no seu exercício benévolo de surrealismo. Ficámos a saber que Guterres cometeu como primeiro-ministro o erro de ser "boa pessoa de mais" e que a sua saída do governo não foi um abandono mas uma "inevitabilidade por uma escolha pessoal que todos temos de respeitar"; que Sócrates tem sido uma agradável surpresa por ser exactamente um "anti-guterres" [ou seja na minha leitura imediatista: mau com'ás cobras]; que a culpa disto tudo é dois anos [segundo contas de Mário Soares] dos governos da direita e sobretudo da fuga de Durão Barroso para a Comissão Europeia [que aqui não se aplica de todo aquela lógica da "inevitabilidade por uma escolha pessoal que todo temos de respeitar"]; mais - e esta é a melhor de todas - que "o défice, esse grande monstro, é obra dele [de Cavaco Silva], porque em 1993 o défice andava em 7-8% [foi pena não ter recuado mais uma década para concluir que o défice afinal nasceu mesmo, entre outras, da obra grandiosa da descolonização tal como foi feita].

E depois foram aquelas deliciosas agressões descaradas que só não são ofensivas pelo enorme disparate de que se revestem. Que Cavaco Silva padece de ser uma pessoa com uma noção "vá lá, pouco estruturada do que é a democracia". Que não sabe discursar e que como Primeiro-Ministro chegou mesmo a pedir-lhe a ele [Mário Soares: autor de nove livros de referência escritos nos últimos dez anos, presença em inúmeros colóquios e conferências, cursos, um humanista de nomeada, com conhecimentos de filosofia, de História, de literatura, enfim - nas palavras do próprio] que o fizesse por si - um pobre economista que só sabe de economia e que nada sabe de humanismo, filosofia, História, literatura, enfim.

Para Paulo Pinto Mascarenhas e outros que preferiram inexplicavelmente emoções de outra frequência [se se tentassem em zapping estou certo de que concordariam comigo], aqui ficam as minhas notas e a prova de que valeu a pena ver a entrevista de Constança Cunha e Sá a Mário Soares, hoje na TVI.

Pelo riso. Fundamentalmente pelo riso.

terça-feira, novembro 01, 2005

agudo temor

me ocupa estes dias de véspera de audição de um sistema que se quer qualificado e de que me leva o cunho que me imputa um temerosa responsabilidade - que faz parecer que a globalidade organizativa se circunscreve à individualidade assinada. O tempo que se soçobra para a revisão do sistema mas que se obsta à minha liberdade disto tudo amplia em acréscimo doloroso este meu agudo temor que me ocupa estes dias de véspera de audição de um sistema que eu quero que pareça qualificado porque me leva o cunho e me imputa uma responsabilidade - que eu quero, por fim, parabenizante.