segunda-feira, maio 15, 2006

ainda não disse nada

sobre o último congresso do CDS. Segui-o o mais próximo que a cobertura televisiva me permitiu e com a insenção emocional que o timbre tépido do sol alentejano de Troia me proporcionou. Para mim a conclusão do congresso é imediata e absolutamente clara: o partido está num beco de saída complicada - está dividido, dividido ao meio; está formalmente dividido, assumidamente rupturado.
E por isso é essencial ao CDS que se aproveite a oportunidade do doce passeio do partido socialista para reafirmar a política do próprio CDS. Tal como numa empresa é crucial a definição e redefinição de uma política, da qual se emanem objectivos que componham uma estratégia e da qual resultem valores que suportem essa estratégia, é decisivo para o CDS que se cumpra este exacto exercício: é imprescindível que se redefina a política do partido (no seu sentido institucional) e que a partir dela se estabeleçam os objectivos estratégicos da actividades políticas do CDS para os próximos curto e médio prazos.
Poder-se-ia pensar que este congresso poderia ter servido (ou que serviu) para isso. Não foi o caso. Este congresso apenas cumpriu o destino traçado por muitos: confirmar a ruptura conhecida, nada mais.
Esta redefinição far-se-á certamente durante os próximos meses: se não em congresso em colunas de jornais, em paineis televisivos, em blogs, etc. E teremos certamente um novo congresso ainda antes de se alinhavarem as novas eleições legislativas. Talvez para o ano que vem. Assim veremos.