segunda-feira, maio 16, 2005

mais que paralaxe: terrível erro de grosseira miopia política

Eu confesso que procuro evitar. Mas é-me impossível. Para onde quer que olhe em qualquer rua de Lisboa só vejo aquele tipo aquilino, cerebralmente engomado numa artificialíssima cera de marketing importado do país dos siliconados anseios pessoais.

Agora passado o brilhante anúncio de ser pensante brinda-nos com uma misteriosa frase em que se alude ao "princípio, meio e fim". De quê? Confesso que nas centenas de vezes em que me vi atirado contra esta afirmação digna de anal político não consigo descortinar um qualquer significado que pudesse fazer algum sentido. Talvez a ponte sobre o Tejo possa ser uma pista...

E aí concluo: alude-se a quem de facto assumia projectos com princípio, meio e fim, e que as gentes tolas (como os que se anunciam em cartazes pulverizados pela capital) quiseram retirar da História, julgando que com o nome se apagam os feitos. Mas ela aí está - a fazer fundo em todos os cartazes do PS - a Ponte António Oliveira Salazar.