sábado, março 12, 2005

palavra-puxa-falsa-palavra

Uma palavra apenas para corrigir aquilo falaciosamente foi dito a propósito da disponibilização de MNSRM em locais que não nas Farmácias no fantástico blog do Sr. Ministro Mário Lino, pelo colaborador Joao Abel de Freitas:

1) A alusão ao "equilíbrio das finanças públicas" demonstra um profunda ignorância sobre este assunto, na medida em que o preço destes medicamentos, mesmo não requerendo receita médica, é exclusivamente dependente da decisão do Estado, não estando pois sujeitos às leis de mercado.

2) Outra correcção: não há medicamentos banais. Todos são medicamentos, com toxicidade e efeitos adversos associados. O facto de não requerem receita médica apenas nos diz que o sua indicação não depende de um diagnóstico médico; em todo o caso são de indicação exclusivamente farmacêutica e não outra. Lembro a este propósito que os medicamentos que aqui apelidam de "banais" podem, se tomados por doentes asmáticos, precipitar crises graves de asma; outro caso é o famigerado paracetamol e os casos de morte por insuficiência hepática ocorridos em Inglaterra na sequência do seu uso indevido.

3) O alegado funcionamento inadequado a que alude foi avaliado pela população portuguesa em 2002, em 80% dos casos, em Bom ou Muito Bom.

4) A que se refere no "põe e dispõe" das Farmácias, quando toda a actividade Farmacêutica está devidamente regulamentada e apretadamente fiscalizadas pela Ordem e pelo Ministério da Saúde por vida do INFARMED.

5) Um última nota para o Post deixado pelo Sr. Anónimo (cheio de coragem): onde está a agressividade do comunicado da ANF? Terá porventura tido oportunidade de o ler? Aqui deixo a morada para melhor documentação: www.anf.pt