terça-feira, março 28, 2006

o custo da oportunidade

Circunstâncias há em que o custo da oportunidade é de difícil medida e o aqui e ali pesam nos pratos dos seus braços justos atiram o fiel da balança para a feliz indecisão que o põe a olhar o céu; feliz indecisão porque a massa que se equilibra é - sempre - de natureza feliz.

Dir-se-ia: faz como aquele da moeda ao ar, par ou ímpar, tanto faz. Não é assim. A faculdade da escolha é porventura o pior dos atributos humanos. A capacidade oferecida de reflexão, ponderação, equação - impõe-nos o terrível ofício do arbítrio próprio. E por essa razão, qualquer que seja a decisão, ficar-nos-á - para sempre - o travo de memória que se eternizará (como a memória homeopática das diluições infinitas) e nos questionará se o peso, pesado, em favor e desfavor da ponta que desfez o nó foi bem medido e o juízo o correcto.

É uma dúvida aguda, cortante.