terça-feira, julho 12, 2005

notas imprecisas (II): voto material

Ainda em notas imprecisas sobre a primeira das noites à direita, queria relevar a matéria posta - brilhante e oportunamente - à discussão pela Filipa Correia Pinto: o aborto.

Reiterando a absoluta disponibilidade da direita (liberal) para abordar qualquer questão - porque é também nesse campo que se funda a liberdade conceptualizada à direita - Filipa Correia Pinto focou, num relance do seu discurso de opinião sobre a interrupção voluntária da gravidez, um aspecto para mim fulcral nesta matéria, mas que tem sido universalmente sonegado: o voto material devido ao pai.

De facto, como afirmou Filipa Correia Pinto, o abordo deve ser, sempre, uma decisão do casal e não apenas uma decisão pessoal da mulher. Porque se a concepção é um fruto partilhado, a decisão de cancelar aquele processo deve ser igualmente partilhada. É lógico que deste raciocínio se ergue uma série de outras questões relativas à não coincidência de prespectiva entre a mãe e o pai. Mas talvez também essas devessem ser abordadas - porque não me parece lícito que os direitos e deveres dos progenitores de uma criança possam ser diferentes daqueles atribuídos na circunstância da concepção.

Em suma: é imprescindível que se transloque o prumo da discussão para a equidistância e equiresponsabilidade e se deva ao pai um voto manifestamente material em toda esta questão.

11 Comments:

At 7:45 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Oh Nuno, pelo amor da Santa... Não dá para escrever a mesma ideia sem tantas palavras caras e frases absurdamente complexas? Nunca te aconselharam a simplificar?
E não me interpretes mal... Eu até percebo o que escreves. Mas justifica-se tanto esforço? Até gosto de te ler, mas rapaz, simplifica...
A alternativa viável que encontro a uma máscara pseudo-intelectualóide é a de que os teus textos se encontrem encriptados para 90% da população portuguesa não perceber...
Fica bem, e tenta receber isto como uma crítica construtiva...

 
At 11:06 da tarde, Blogger Nuno Furtado said...

A quem devo este comentário construtivo?

 
At 1:55 da manhã, Blogger Pedro Pedroso said...

para dizer a frase: "pelo amor da santa" deve ser o locutor das manhãs da rádio cidade!
É que até "com a breca" soa melhor.

Cumps

 
At 9:37 da manhã, Blogger MS said...

"Palavras caras"?
- Quais é que não percebeste?

"Frases abrurdamente complexas"
- A mim parece-me que "Pelo amor da Santa" fica muito melhor onde quer que seja!!

"Eu até percebo o que escreves"
- Bem... ficamos muito contentes por ti!! Parabéns!

"Até gosto de te ler"
- Quando percebes, suponho...

"Máscara pseuso-intelectualóide" vs. "que os teus textos se encontrem encriptados..."
- Bem, nesta parte chorei de tanto rir!

Ficam aqui duas críticas (construtivas é claro):
-Assina o que escreves, caso contrário podemos ser levados a pensar que não gostas de assumir o que fazes!

-Deixa-nos a morado do teu blog para vermos as tuas belas obras literárias! Já que fazes tantas críticas (contrutivas é certo) tens de certeza muito para dizer e escrever!

 
At 10:13 da manhã, Blogger Nuno Furtado said...

Preferia decididamente que se discutisse o conteúdo. Mas este é um tempo inevitavelmente condenado à embalagem.

O maior fruste não é a crítica - porque essa é, em abstracto, essensialmente benéfica - mas é claramente a negação da discussão.

Embora procure assumidamente cuidar a forma (porque esse é o meu estilo, porque essa é a minha vontade), ergo como sentido d'a cor das avestruzes modernas - como sublinhei no post de inauguração - um palco de discussão - de conteúdos.

Aceitem o desafio. Fico à espera.

 
At 11:02 da manhã, Blogger Nuno Furtado said...

Mais uma nota: obrigado pelo apoio dos apreciadores da minha "embalagem".

 
At 11:07 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Bom, não queria causar tanta confusão... Talvez não tenha escolhido também eu as melhores palavras para exprimir o que sinto em relação à dita embalagem. Não queria ferir susceptibilidades, simplesmente criticar (e sinto-me nesse direito) a forma que tens de expressar o que pensas. Provavelmente não o fiz da melhor maneira, e por esse facto faço o mea culpa. Não deixo de achar que complicas demasiado o que escreves, mas enfim, são opiniões.

 
At 11:17 da tarde, Blogger Nuno Furtado said...

Mas já agora se me permites:

1. Não terias interesse em assumir identidade?

2. Não queres aproveitar para oferecer a tua opinião acerca do assunto trazido por este post.

 
At 10:11 da manhã, Blogger MS said...

"Talvez não tenha escolhido TAMBÉM eu as melhores palavras para exprimir o que sinto em relação à dita embalagem."

- Que não as percebas, é contigo, agora não digas que mais alguém escolhe mal as palavras! Tens é de ler mais e se calhar devorar alguns dicionários e gramáticas de Língua Portuguesa - estilo primária!

"Não queria ferir susceptibilidades, simplesmente criticar (e sinto-me nesse direito) a forma que tens de expressar o que pensas."

- Cresce, aparece, escreve e assina! Depois talvez possas criticar alguma coisa!

"Não deixo de achar que complicas demasiado o que escreves, mas enfim, são opiniões."

- Cada um "é para o que nasce". Se calhar devias ir para casa ler "revistas cor-de-rosa", daquelas que falam "simplesmente" de coisas "simples", para mentes "simplificadas".

E já agora...as opiniões assinam-se e fundamentam-se. Só depois se adquire o direito de criticar o que quer, ou quem quer, que seja!

 
At 12:56 da tarde, Blogger sara said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

 
At 12:50 da manhã, Blogger E depois do adeus... said...

Muito obrigada pelas referências à minha humilde pessoa. Por estas e pelas que tem posto nas caixas de comentários do E depois do Adeus...
FCP

 

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