notas imprecisas (II): voto material
Ainda em notas imprecisas sobre a primeira das noites à direita, queria relevar a matéria posta - brilhante e oportunamente - à discussão pela Filipa Correia Pinto: o aborto.
Reiterando a absoluta disponibilidade da direita (liberal) para abordar qualquer questão - porque é também nesse campo que se funda a liberdade conceptualizada à direita - Filipa Correia Pinto focou, num relance do seu discurso de opinião sobre a interrupção voluntária da gravidez, um aspecto para mim fulcral nesta matéria, mas que tem sido universalmente sonegado: o voto material devido ao pai.
De facto, como afirmou Filipa Correia Pinto, o abordo deve ser, sempre, uma decisão do casal e não apenas uma decisão pessoal da mulher. Porque se a concepção é um fruto partilhado, a decisão de cancelar aquele processo deve ser igualmente partilhada. É lógico que deste raciocínio se ergue uma série de outras questões relativas à não coincidência de prespectiva entre a mãe e o pai. Mas talvez também essas devessem ser abordadas - porque não me parece lícito que os direitos e deveres dos progenitores de uma criança possam ser diferentes daqueles atribuídos na circunstância da concepção.
Em suma: é imprescindível que se transloque o prumo da discussão para a equidistância e equiresponsabilidade e se deva ao pai um voto manifestamente material em toda esta questão.
11 Comments:
Oh Nuno, pelo amor da Santa... Não dá para escrever a mesma ideia sem tantas palavras caras e frases absurdamente complexas? Nunca te aconselharam a simplificar?
E não me interpretes mal... Eu até percebo o que escreves. Mas justifica-se tanto esforço? Até gosto de te ler, mas rapaz, simplifica...
A alternativa viável que encontro a uma máscara pseudo-intelectualóide é a de que os teus textos se encontrem encriptados para 90% da população portuguesa não perceber...
Fica bem, e tenta receber isto como uma crítica construtiva...
A quem devo este comentário construtivo?
para dizer a frase: "pelo amor da santa" deve ser o locutor das manhãs da rádio cidade!
É que até "com a breca" soa melhor.
Cumps
"Palavras caras"?
- Quais é que não percebeste?
"Frases abrurdamente complexas"
- A mim parece-me que "Pelo amor da Santa" fica muito melhor onde quer que seja!!
"Eu até percebo o que escreves"
- Bem... ficamos muito contentes por ti!! Parabéns!
"Até gosto de te ler"
- Quando percebes, suponho...
"Máscara pseuso-intelectualóide" vs. "que os teus textos se encontrem encriptados..."
- Bem, nesta parte chorei de tanto rir!
Ficam aqui duas críticas (construtivas é claro):
-Assina o que escreves, caso contrário podemos ser levados a pensar que não gostas de assumir o que fazes!
-Deixa-nos a morado do teu blog para vermos as tuas belas obras literárias! Já que fazes tantas críticas (contrutivas é certo) tens de certeza muito para dizer e escrever!
Preferia decididamente que se discutisse o conteúdo. Mas este é um tempo inevitavelmente condenado à embalagem.
O maior fruste não é a crítica - porque essa é, em abstracto, essensialmente benéfica - mas é claramente a negação da discussão.
Embora procure assumidamente cuidar a forma (porque esse é o meu estilo, porque essa é a minha vontade), ergo como sentido d'a cor das avestruzes modernas - como sublinhei no post de inauguração - um palco de discussão - de conteúdos.
Aceitem o desafio. Fico à espera.
Mais uma nota: obrigado pelo apoio dos apreciadores da minha "embalagem".
Bom, não queria causar tanta confusão... Talvez não tenha escolhido também eu as melhores palavras para exprimir o que sinto em relação à dita embalagem. Não queria ferir susceptibilidades, simplesmente criticar (e sinto-me nesse direito) a forma que tens de expressar o que pensas. Provavelmente não o fiz da melhor maneira, e por esse facto faço o mea culpa. Não deixo de achar que complicas demasiado o que escreves, mas enfim, são opiniões.
Mas já agora se me permites:
1. Não terias interesse em assumir identidade?
2. Não queres aproveitar para oferecer a tua opinião acerca do assunto trazido por este post.
"Talvez não tenha escolhido TAMBÉM eu as melhores palavras para exprimir o que sinto em relação à dita embalagem."
- Que não as percebas, é contigo, agora não digas que mais alguém escolhe mal as palavras! Tens é de ler mais e se calhar devorar alguns dicionários e gramáticas de Língua Portuguesa - estilo primária!
"Não queria ferir susceptibilidades, simplesmente criticar (e sinto-me nesse direito) a forma que tens de expressar o que pensas."
- Cresce, aparece, escreve e assina! Depois talvez possas criticar alguma coisa!
"Não deixo de achar que complicas demasiado o que escreves, mas enfim, são opiniões."
- Cada um "é para o que nasce". Se calhar devias ir para casa ler "revistas cor-de-rosa", daquelas que falam "simplesmente" de coisas "simples", para mentes "simplificadas".
E já agora...as opiniões assinam-se e fundamentam-se. Só depois se adquire o direito de criticar o que quer, ou quem quer, que seja!
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Muito obrigada pelas referências à minha humilde pessoa. Por estas e pelas que tem posto nas caixas de comentários do E depois do Adeus...
FCP
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