quinta-feira, junho 23, 2005

confesso que às vezes me tento em ser ordinário

frequentemente - na esfera íntima a que os limites da boa educação me obrigam - para com o ministro Correia de Campos. A mais recente enormidade foi a forma indigente com que se referiu à responsabilidade dos profissionais de saúde - nomeadamente por uma pretensa falta de cuidados primários de higiene - pela elevada prevalência de infecções nosocomiais no Hospital de São João, no Porto.

É-nos óbvio (a quem lida com o problema das infecções hospitalares) que existe em muitos casos um associação entre a transmissão dos agentes infecciosos e o pessoal hospitalar - seja através das mãos, das batas, do estetoscópio, das canetas que viajam nos bolsos, etc. O que se não admite - em absoluto - é a leviandade com que o Ministro da Saúde abordou o problema e, mais, a irresponsabilidade da publicitação gratuita de um facto que, por descontextualizado da lógica de um estudo epidemiológico global, poderá originar na população servida pelo HSJ um grave sentimento de insegurança relativametne à qualidade dos serviços hospitalares prestados.

Confesso que às vezes me tento em ser ordinário, mas com felicidade acho n'a cor das avestruzes modernas o benefício manifesto de exercitar o raciocínio benévolo que me vai contendo.

1 Comments:

At 11:48 da manhã, Blogger LCV said...

No caso, o que o Ministro precisava era de um paleativo que lhe controlasse a verborreia compulsiva de que padece notoriamente.

 

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